A recente concentração de fortes chuvas em Pernambuco provocou cheias e calamidade em diversos municípios. Veja aqui o histórico do fenômeno, o alerta que foi feito aos municípios na véspera das chuvas e as medidas que estão sendo tomadas para atender as populações atingidas, evitar novas catástrofes e reconstruir as cidades mais impactadas pelas enchentes. Veja também como você pode auxiliar, somando esforços às ações empreendidas pelo poder público e ao apoio conjunto da sociedade.

Saúde gasta R$ 4,2 milhões com ações emergenciais em PE

As enchentes que atingiram os 67 municípios de Pernambuco causaram uma série de prejuízos à rede pública de Saúde. Para realizar ações emergenciais na Mata Sul, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) gastou, até o momento, R$ 4,2 milhões. A maior parte dos recursos foi necessária na compra de medicamentos, cerca de 36%, e de material médico-hospitalar, em torno de 28%. Os gastos incluem ainda a aquisição de vacinas e a hospedagem de 96 pacientes renais e 32 acompanhantes em dois hotéis de Itamaracá. Por não poderem realizar hemodiálise em seus municípios devido às enchentes, eles foram transferidos por conta do Estado.

MEDICAMENTOS – Segundo o último levantamento, a SES já distribuiu 70,8 toneladas de medicamentos do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) e do Ministério da Saúde (MS) nos municípios mais necessitados, em estado de calamidade. Também foram entregues nos pontos de atendimento cerca de 71 mil doses de vacinas, e mais de 23,4 mil pessoas foram vacinadas, incluindo funcionários da SES e voluntários. Os municípios prejudicados receberam 15,3 toneladas de material médico-hospitalar.

PREJUÍZOS – As fortes chuvas que castigaram o Estado no mês de junho deixaram um total de 106 estabelecimentos de saúde danificados. Entre eles, o Hospital Regional Silvio Magalhães (vinculado ao Estado), em Palmares, e os hospitais municipais de Barreiros, Água Preta, Cortês e Jaqueira. Foram contabilizados 79 Postos de Saúde da Família (PSFs) atingidos, sendo que 17 totalmente destruídos.


MONITORAMENTO – Possíveis casos de leptospirose, febre aguda, hepatite e diarreia estão sendo monitorados em todos os locais de assistência médica à população. Equipes da Vigilância Epidemiológica e Ambiental fazem visitas aos abrigos para orientar sobre prevenção às doenças e noções de higiene, além de organizar o funcionamento dos espaços junto à Comissão de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe).


Para prevenir a transmissão da leptospirose, 1,3 mil imóveis em Barreiros foram desratizados. No trabalho de combate à raiva, 96 cachorros e gatos levados para os abrigos foram cadastrados e vacinados com antirrábica. Outros 100 que estavam em domicílios em áreas de enchentes foram cadastrados e imunizados contra o vírus da raiva. Em 2010, o Estado contabiliza 24 casos confirmados de leptospirose, todos da fase anterior à chuva. O último caso de raiva em Pernambuco foi notificado em 2008.


O Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE), vinculado à secretaria, está montando pontos alternativos para a realização de exames em Água Preta, Cortês e Palmares. As estruturas buscam realizar principalmente análises ligadas às doenças causadas pelas enchentes, mas também atender a demanda de procedimentos básicos.

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