A recente concentração de fortes chuvas em Pernambuco provocou cheias e calamidade em diversos municípios. Veja aqui o histórico do fenômeno, o alerta que foi feito aos municípios na véspera das chuvas e as medidas que estão sendo tomadas para atender as populações atingidas, evitar novas catástrofes e reconstruir as cidades mais impactadas pelas enchentes. Veja também como você pode auxiliar, somando esforços às ações empreendidas pelo poder público e ao apoio conjunto da sociedade.

PE e AL somam esforços para reconstruir cidades

Pernambuco e Alagoas vão trabalhar juntos no processo de reconstrução dos municípios prejudicados pelas enxurradas nos dois estados. Nesta quinta-feira (08/07), os governadores Eduardo Campos e Teotônio Vilela Filho reuniram-se no Palácio do Campo das Princesas para discutir a elaboração de um documento que será enviado ao Governo Federal amanhã. O texto vai apresentar sugestões conjuntas para áreas de atuação tidas como prioritárias pelos dois estados. Agilizar a reconstrução das casas e também de estruturas públicas – estradas, postos de saúde, escolas – é uma delas.

O início da operação da linha de crédito de R$ 1 bilhão para comerciantes e microempresários anunciada pelo Governo Federal também será cobrada pelos dois governadores. Outro ponto levantado foi o mapeamento das áreas alagáveis nas bacias hidrográficas dos dois estados que serão decretadas como não-edificantes.O governador das Alagoas falou que os problemas enfrentados pelos dois estados “são praticamente idênticos”, por isso a necessidade de união: “Nosso propósito é igual. Ou seja, com presteza e celeridade reconstruir a normalidade dessas cidades. Para isso, muitas dessas ações precisam estar afinadas. Não se justifica ações e propostas diferenciadas, só iriam atrapalhar”, disse Vilela.

Eduardo mostrou pressa em iniciar a construção das casas. Números informados pelas defesas civis das prefeituras das 67 cidades atingidas pelas chuvas em Pernambuco estimam que mais de 14 mil moradias tenham sido destruídas ou danificadas. “Não dá para Pernambuco chegar com uma proposta, Alagoas com outra, e ficar um debate interminável. Precisamos simplificar o processo de contratação das casas, não podemos levar 18 meses”, disse Eduardo, citando o exemplo de Blumenau, cidade catarinense atingida por enchentes no final de 2008, e que só um ano e meio depois da tragédia conseguiu inaugurar o primeiro conjunto habitacional destinado às famílias vitimadas pelas chuvas.

Para garantir rapidez na entrega das casas e evitar processos de análise de liberação de crédito que podem durar meses, os governos estaduais vão pagar o empréstimo que seria de responsabilidade das famílias. “As casas vão ser feitas seguindo a linha do ‘Minha Casa, Minha Vida’, e os R$ 50 que as famílias teriam que pagar serão assumidos e quitados com recursos do Fundo de Combate à Pobreza. Isso diminui a taxa de risco do Governo Federal e possibilita que mais dinheiro circule na economia das cidades”, explicou Eduardo.

EDUCAÇÃO – Os governadores Eduardo Campos e Teotônio Vilela Filho também receberam o secretário-executivo do Ministério da Educação, Henrique Paim, e o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban. O MEC vai repassar diretamente aos dois estados R$ 220 milhões para obras de reconstrução e reforma nas escolas da rede pública de ensino. Em Pernambuco, 50 escolas estaduais e 305 municipais foram destruídas ou danificadas pelas chuvas. As obras na rede estadual vão receber R$ 33 milhões, enquanto R$ 77 milhões servirão às escolas municipais. Ao todo, 29 unidades de ensino precisarão ser totalmente refeitas e outras 326 vão passar por ajustes estruturais.

0 comentários:

Postar um comentário