A recente concentração de fortes chuvas em Pernambuco provocou cheias e calamidade em diversos municípios. Veja aqui o histórico do fenômeno, o alerta que foi feito aos municípios na véspera das chuvas e as medidas que estão sendo tomadas para atender as populações atingidas, evitar novas catástrofes e reconstruir as cidades mais impactadas pelas enchentes. Veja também como você pode auxiliar, somando esforços às ações empreendidas pelo poder público e ao apoio conjunto da sociedade.

Governo participa de audiência pública

O Governo de Pernambuco, representado por Geraldo Júlio, Jener Guimarães e pelo Tenente Coronel Ivan Fredorino, respectivamente secretário de Planejamento e Gestão, presidente da Ad-Diper e coordenador da Codecipe, participou, na manhã desta terça-feira, 10, de audiência pública sobre a tragédia das chuvas que atingiram o Estado no último mês de junho. A audiência, convocada pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara Estadual, aconteceu na Assembléia Legislativa de Pernambuco, e contou também com a presença do Diretor Superintendente do Sebrae, Nilo Simões, do Prefeito de Correntes, Nivaldo Jr. e do representante da Pastoral da Criança em Palmares, Agenaldo Lessa, além dos deputados Teresinha Nunes e Isaltino Nascimento.

Geraldo Júlio iniciou a audiência fazendo um balanço sobre a tragédia, e explicou como o governo atuou preventivamente para evitar um desastre ainda maior que o ocorrido. O Secretário falou ainda sobre as ações emergenciais realizadas e detalhou as ações que vem sendo realizadas no escopo da Operação Reconstrução, com o objetivo de restabelecer completamente as cidades atingidas. "A Operação conta com onze eixos de atuação, e nossa preocupação é recontruir os municípios da maneira mais rápida possível, de preferência melhorando as condições de vida anteriores à tragédia", disse.

As informações sobre o crédito para a retomada da atividade econômica nos municípios foram passadas à platéia e à mesa por Jener Guimarães, presidente da Ad-Diper. Ele esclareceu que o governo federal disponibilizou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão, com juros de 5,5% ao ano, dez anos de prazo de pagamento e dois anos de carência, para empréstimos de até R$ 50 mil. “O levantamento que fizemos indica que 98% das empresas atingidas pela cheia eram micro ou pequenas. O governo está atuando para agilizar esses empréstimos, e o primeiro desembolso de recursos já acontecerá nesta sexta, 13”. Valores maiores também serão contemplados pela linha de crédito, modificam-se apenas as condições de pagamento.

Jener explicou que o governo conseguiu alterar ou eliminar algumas exigências feitas pelos bancos, como, por exemplo, o registro cartorário, que poderá ser adiado, mas que alguns procedimentos precisam ser realizados com cuidado, em nome da segurança do sistema bancário. “Já foram recebidas 748 propostas de crédito e aprovadas 453. Também foram assinados 103 contratos. Para atender os empresários nestas condições especiais, no entanto, é preciso modificar os sistemas dos bancos, o que requer cautela”.

Durante a audiência, o prefeito de Correntes, Nivaldo Jr., falou sobre a celeridade e a organização da ação do governo estadual nos municípios atingidos. “Agradeço publicamente ao governador pela assistência, que desde o primeiro momento foi irrestrita e constante”. Representando o bispo de Palmares, Agenaldo Lessa também destacou a “ação eficiente, eficaz e ágil”, do governo de Pernambuco, registrando a participação da sociedade, inclusive, na definição do projeto de reconstrução do hospital daquele município.

O deputado e líder do governo na Câmara, Isaltino Nascimento, finalizou o evento levantando algumas reflexões: “muita gente dizia, há pouco tempo, que o Estado tinha que diminuir sua atuação, que devíamos deixar que a mão ‘reguladora’ do mercado definisse tudo. O que seria, entretanto, desses comerciantes, da população vitimada pela tragédia, se não fossem os bancos públicos, se não fosse a atuação do Estado? Agora, precisamos pensar pra frente, estabelecer políticas públicas e controle social para que novas fatalidades como essa, caso venham a ocorrer, tenham menos impacto na vida das pessoas”.

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